quarta-feira, julho 01, 2009
velas de vento e de mar
DALI
O mar, extensão das velas, corpo do vento
A balançarem cálidas constantes do tempo
Que cedo as içou
Na hora tardia do momento
A rasgarem-se no silêncio
Que a força do sonho trilhou
Em busca de musas e cantos
De feitiços desejados
A querem por soçobro
Amainarem-se em seus braços
Como em poemas de heróis
Que só não venceram o medo
De encalharem em qualquer terra
Que lhes soubesse a degredo
Mar sem nau e sem destino
De velas hasteadas ao céu
De velas rasgadas do cio
De uma vontade primeira em desatino
Saudade cálida, de adorno, um véu
Gaivota-nuvem, que já partiu
Num voo só, em redor da lua
No esplendor de um novo olhar
Num voo só, de ser só sua
A vela içada que é o mar
Poisar depois de não pisar
Nunca em qualquer lugar
Que não, no vento que passa
Porque seu corpo é o mar
As velas o seu voar
Que o tempo içou, e abraça…
jorge@ntunes
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1 comentário:
se dali fosse poema, ele pintaria seu blog com suas palavras. tao genial quanto...
Blog Suicide Virgin
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