segunda-feira, junho 29, 2009

chove saudade




Gotas de chuva e de alma
Poisam silenciosas na vidraça
Trazem do céu a eloquência
Do meu rosto a madrugada

Do lado de fora um tempo
Do lado de dentro a memória
Entre mim e a janela
Derrama-se a minha glória

Escrevo com o corpo do mar
Que aos céus sedentos se elevou
E sobre o papel, a lágrima cai
Tal como o mar se quebrou

De voltar de novo à terra
De voltar a ser o mar
Que por um dia voou
E teve asas de sonhar

Quando chove, chove saudade
De uma nostalgia sem par
Gotas de chuva e de alma
Do meu corpo que é o mar

jorge@ntunes

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