terça-feira, setembro 05, 2006

nino



O menino perdido nas certezas dos homens
Olhar de um medo que não entende
Sabe que deve temer algo
Algo que sem forma o prende

À deformidade da realidade
consequência ou verdade
qual delas mais temente?

O menino não vai crescer
Não quer nem pode saber
As respostas à loucura
Quer ser eternamente menino
Na inconsciência de ser a cura

Ele ainda busca
Onde ninguém mais procura

Ainda que à beira mar
O mar lhe fuja
Ainda que ao nascer do sol
A noite o cubra

Vai ser menino
Vai ser eterno
Num intervalo do tempo
Na plenitude do verbo

jorge@ntunes

4 comentários:

Anónimo disse...

Quem me dera ser sempre criança.


Muito bonito como sempre mano...


Jinhos grandes

Maria Carvalho disse...

Belíssimo, Jorge! Gostei muito. Beijos.

Luna disse...

Que bom que era se o homem nunca perdesse o seu menino interior

Anónimo disse...

Que esse espírito de menino, não te abandone nunca!
És um poeta com alma de menino...

Um beijinho meu

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