Palhaço, herói do meu espelho
minha máscara de fé
avesso da minha dor
a minha morte de pé
na boca, vermelho de sangue
nos olhos, o negro que a loucura espera
no rosto, o branco vazio
das cores que à vida se nega
uma lagrima no canto do olho
e nos lábios um sorriso
p’ra esconder a minha alma
p’ra pagar o meu castigo
e depois... depois é só pular,
cantar, brincar, eu sei lá...
mas sem nunca mostrar ao espelho
o espelho, do lado de cá
in «Poiesis» 1999
jorge@ntunes
4 comentários:
Quantos de nós não somos como o palhaço... Felizes por fora e mortos por dentro!
Mais um excelente texto...
Beijinho enorme e até já ;)
obrigada pela visita, porque me fez descobrir este blog fabuloso. vou voltar, apesar do pouquíssimo tempo.
sinto-me bem aqui.:)
Bom dia Jorge!
...e somos tantas vezes palhaços na vida, vezes demais até.
Bom começo de semana
Beijo
p.s.não vais precisar de sentir saudades que eu não vou fugir e sp que precisares já sabes, apita como o kimbóio eheheh
O palhaço, criado para fazer brotar o riso no rosto de cada um, à despeito de estar ou não a rir é, talvez, das criações humanas das mais fantásticas!... por trazer em si a realidade de todos nós, às vezes ter que aparentar algo distinto do que estamos a sentir.
O teu poema belo, belo tributo à figura do Palhaço. Um abraço fraterno.
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