sábado, maio 06, 2006
estes versos que perdi...
Há tormentos que são intentos
Em outros olhares momentos
Que passam ao largo, dispersos
Há almas que são sementes
Existenciais, permanentes
Outras apenas versos
Trovas de outras horas
De outros tempos sem tempo
Não existem, são eternos
São as melodias do vento
Erudito é o ser aflito
De se julgar, de se pensar
Bendito o que não sonha
O que tem porque chorar
Lágrimas desconhecidas
Sem o sabor do porquê
São as do que não sabe
E chora do que se crê
Entre a verdade e a razão
Entre o ser e o possível
Entre o que sente Deuses que não viu
Entre o que esconjura o visível
Linha ténue a da tentação
A eternidade na morte se assim manda a fé
A morte na eternidade a quem morre de pé
Guerras a que o íntimo nos obriga
Bendito o que não batalha
O que já rendido
Saboreia a medalha
Malogrado o herói
Que jaze incapaz
De entender o que lhe dói
Uns são alma, outros vento
Uns que assim foram escritos
Outros que proscritos se escreveram
Uns a prosa da glória
Outros a ruína que versaram...
Teci, de versos que sonhei
Palavras que não achei
fantasias que jamais vi
Inacabado vivi
Perfeito aonde errei
Neste poema que não pensei
Transcrito, nesta folha que perdi
jorge@ntunes
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1 comentário:
Querido, gostei muito...embora transmita alguma tristeza...mas te entendo perfeitamente,pois tu és Poeta e o Poeta é um ser naturalmente sensível...há dias que que escreve com o coração transbordando de alegria e outros com o coração triste.Queria ter o poder de decifrar os mistérios os inigmas,deste GRANDE POETA.Mas quem sou EU?Uma mera apaixonada por cada palavra e cada letra que escreves...
Beijinhos regados de muito carinho.
Bom domingo e ficas na Paz:)
Geminiana
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