quarta-feira, agosto 25, 2010






Recuso permanecer
Recuso até morrer
Se isso irritar deus

Abomino o real
Se ele me for fatal
Mesmo pairando nos céus

Travem comigo qualquer guerra
Estarei sempre aqui à espera
De vos derrotar ao perder

De ver meu corpo findo prostrado
Seguindo com o vosso lado a lado
E lá, da eternidade ver-vos apodrecer

Recuso tudo de vós
Recuso a própria voz
Se ela não vos calar

Ide depois da batalha
Novamente para o vosso nada
Por vós, aqui me fico a chorar…

POETIK

4 comentários:

Unknown disse...

Enxame de certezas
nesta realeza
de imensos cactos
de um deserto
chamado de mesa
dos nossos passos

Intenso poema, raro de ser lido na rede, isento de postulados vazios e rico em posições claramente dotadas de um grande poder, este, claro, do vosso poético espírito.

Retornarei.

E seguirei.

Aмbзr Ѽ disse...

discorrer sobre o fim é belo.

http://terza-rima.blogspot.com/

Celia Regina disse...

lindo!!!
Certeza são nossos frutos mais belos...mesmo quando certas, mesmo quando erradas!

beijos!

oblogdaalexis.blogspot.com disse...

Esta recusa abrange até a própria vida... o permanecer e o avançar, o morrer e o viver, o tudo e ainda o nada...

Estou a pensar se gosto ou não.

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