domingo, agosto 29, 2010





O meu nome apagou-se das entrelinhas da vida
Sucumbiu ao derradeiro manjar dos deuses vis
Tudo o que teve forma em mim desmoronou
E o que sobrou foi a morte que sempre me quis

Doravante não sou mais a visível promessa
De quem me sonhou uma realidade obscura
Não sou nem o que julguei poder ter sido
Não tive a grandeza de quem tem nome de rua

E assim sendo fui apenas um mais que passou
Um mais que a irónica vida docemente enganou
E trasladou para lá de qualquer concreto fim

Mas tudo isso é uma ilusão que vos assolou
Uma errada ideia de mim que em vós ficou
Parto sem nome, sem mágoa, apenas, como vim…


POETIK

1 comentário:

oblogdaalexis.blogspot.com disse...

Que pressa te assiste em partir?
Que te faz querer apressar a partida?
Que faço eu se tu partires?

Não tens rua com o teu nome
Mas o caminho em direcção a mim
Que nome lhe dás?

Não apresses a partida
Quem sofre egoistamente sou eu @mor da minha vida!

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