sábado, agosto 07, 2010
luna
Talvez seja do luar
Este meu estar, sem estar
Neste mundo pragmático
Que gira, só por girar
Num grotesco similar
Com um acto arbitrário
Cinjo-me à singularidade
Da saudade, da velha idade
Dos porquês
Como se a luminosidade
Algures tarde
Na incógnita do talvez
É bem mais humano
O espontâneo desengano
Desse mundo da lua
Como um poema de Cyrano
Escondido na alma pura
É lá o meu mundo
É ela o meu sol
Tudo em redor
É imundo
Em cada fase
A minha face transparece
Sem dualidades ou artifícios
Como se o tempo sem idade
Apenas me sonhe e embale
A poética dos sentidos
POETIK
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1 comentário:
lindissimo, bem construído. a poética dos sentidos, a menção a um referido mundo da lua... e como estávamos falando, aqueles versos sonoros, pedindo para ser lidos em voz alta.
http://terza-rima.blogspot.com/
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