sexta-feira, agosto 27, 2010





Do avesso transpareço sombra oculta
O mundo pende sobre mim o desacerto
Da sua fé, da sua morte em plena vida
Nada é um acto isolado, um todo de medo

Sob meus pés uma espécie de terra abstracta
Por onde caminho sem sentir o chão
Vou, carregando o peso do mundo
E sua memória de obscura expiação


A minha fragilidade aumenta a minha força
A cada dia que provo na minha boca
A terra que em torrente decadente quase me cobre

Terra remexida de uma crença louca
De corpos sem vida de vida tão pouca…
Sem certezas cubro-me do que sobre mim chove


POETIK

1 comentário:

Lou Albergaria disse...

"(...)Terra remexida de uma crença louca
De corpos sem vida de vida tão pouca…
Sem certezas cubro-me do que sobre mim chove."

Que lindo esses versos!!!

Parabéns!!!

Beijo!!!

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