terça-feira, março 03, 2009

sombra




Sombra irrequieta
Como a alma do poeta
Como a mira da caneta

Negra tinta
Que se espalha
Como sombra aquém talhada
Do corpo que se alimenta


Tudo se cobre de sombra
A cada porta que arromba
O sonho que assim acorda

Negra tinta
Que consome
Poeta e poema cuja fome
É sede de qualquer hora

jorge@ntunes

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