sexta-feira, março 27, 2009

entre o céu e a terra




Entre as nuvens e o mar
Entre o sonho e o olhar
Um sono cheio de luz

Gaivota que quer voar
Partir, mas sempre voltar
Ao poiso que a seduz

Madrugada, soalheira
Desde a vontade primeira
De tempestades de amor

Noite fria, derradeira
Seta mortal e certeira
Desse teu beijo, o calor

E ando louco de ver
O horizonte a perder
Na curvatura da vida

E ando só por te ter
Desta vontade de ser
Gaivota, no céu perdida

E fosse longe este verso
Este poema, cujo resto
Foi escrito apenas no vento

Te tocasse bem de perto
Como o mar toca o deserto
Quando vence a hora do tempo

jorge@ntunes

2 comentários:

Anónimo disse...

soubesse eu assim tão bem rimar
como tu me recitas o verbo amar
que tudo no mundo seria nosso

pudesse eu a teu lado sempre estar
e nada mais para sempre desejar
a não ser pensar em nós... posso?

(rima ... não ?!?)

Ana Paula disse...

Olá poeta...
Versos imensos, fortes e tão sensíveis.
..."E fosse longe este verso
Este poema, cujo resto
Foi escrito apenas no vento

Te tocasse bem de perto
Como o mar toca o deserto
Quando vence a hora do tempo..."

Adorei, alias, como sempre adoro!
Beijinho de carinho

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