quinta-feira, janeiro 22, 2009

preso ao tempo



Troco carícias com o tempo
Afagos que me despertam memórias.
Ainda «ontem» as ouvia
Hoje, sou eu, quem conta «estórias»

Com que fervor as ouvia
Já mal as sei recordar
Conheço-lhes todas as palavras
Esqueci-lhes o brilho no meu olhar

E só a rasgos as sinto
Ao de leve como carícias
Afagos que me traz o tempo
Em horas tão fictícias

«Ontem» fui um menino
Uma criança da vida
Um raio de luz pequenino
Uma incerteza sentida

Hoje, sou um meio-termo
Entre a inocência e o vento
Que um dia será só brisa

Hoje, sou um espontâneo tormento
Afagado pelo tempo
De um sonho… De uma conquista…

jorge@ntunes

1 comentário:

Anónimo disse...

Troca comigo essas ternas carícias
Conta-me essas estórias ao ouvido
Afaga-me lentamente o cabelo
E faz soprar uma brisa leve enquanto nos amamos

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