sábado, janeiro 31, 2009
janela dos meus poemas
Olho quem passa, e quem passa
Vai no destino que traça
Outro destino. Destino meu
Vejo que vão em desgraça
Porque o tempo também passa
E leva com ele, o meu
E eu vejo-o da minha janela
A passar defronte dela
Ela que também lá passa
Pela rua, pelo tempo
Passa no passar do vento
E eu nem lhe sei a graça…
Ah, donzela, que me passas à janela
Que me passas pela vida
Olha-me aqui, aqui tão só
Tu que passas tão sozinha!...
Mas tu não paras, não olhas
Vais no destino que traças
E eu, preso à janela
Pergunto: – Quem será ela?
E o tempo não me dá graças...
jorge@ntunes
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Ele até manda.. o tempo, o desgraçado. E tantas vezes nos reseva algo.
abraço cordial de quem passou distraída calcorreando o tempo.
Voltei a passar
Tornei a olhar
Repeti a paragem
Não vi reacção
Não li mensagem
Segui viagem
Passei como todos os dias passo
À tua porta
Olhei como todos os dias olho
Para a tua janela
Já era habitual ver-te olhar para todos
Mas não para mim
Não julgava merecer
Naquele dia os olhares encontraram-se
Enquanto chovia eu tremia
E parei, quebrando o hábito
Baixaste o olhar como eu temia
E eu segui como sempre
Sem olhar para trás
(Foi este o poema que ficou perdido nas redes da internet)
A única coisa que tenho para dizer é que tudo aquilo que li mexe com os sentimentos e qualquer pessoa que leia aquilo que escreve.
Continue.
Miguel Ângelo
Enviar um comentário