sábado, janeiro 10, 2009

gelo




Faz frio. Gela-me a frieza do universo.
E por mais voltas, por mais que a terra gire
O universo é-lhe adverso
E gela-nos até o sentir.

Fecho a janela. Cubro-me de trapos
E recordações paralelas
De outros universos
De outras janelas

Mas faz frio. O mesmo do principio dos tempos
O mesmo gélido gesto de contracção
O mesmo movimento dos astros
O mesmo homem em rotação

Faz frio. Por dentro e por fora da frieza
Dos que se consomem
Faz frio. Gela-me a frieza do universo
Do Homem…

jorge@ntunes

1 comentário:

Paula Raposo disse...

Gosto muito deste poema. Beijos.

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