segunda-feira, novembro 10, 2008

sem ti




O céu está lá…
A terra, aqui…
E eu sem ti
Astro, sem rota
Nem rasto…

A lua reflecte
Pálida, a eternidade
Espelho da minha alma
Saudade…

Saudade de ti
Ou do reflexo
Saudade da certeza…
Do perplexo…

O tempo
Incapaz de gerir o sonho
Molesta-me

E preso na garganta
O poema que não sai
Detesta-me…

Sem ti
É sem nada…
Contigo
A serenata

Das luzes da minha morte

Sem ti
É sem estrada
A porta fechada
O rumo sem norte

Tudo está lá!
Tudo está pra lá de mim!
Tudo se me acaba

Apenas tu
Não tens fim…

Adormeço
No sonho em que aconteço
Na realidade
A que me sujeito

O firmamento
É todo um vento
Em cujos braços
Me enjeito

Tudo está lá!
Como em mim, nunca esteve
Sem ti…


Astro que sou
Reflexo
Do teu rasto
Que perdi…

Acorda-me
A plenitude do Ser

A magna hora
Do agora!

O instante
De me encontrar

Na rota entre o céu e a terra

E o rasto do teu olhar…

jorge@ntunes

2 comentários:

Anónimo disse...

Belíssimo o teu sentir.Teus versos me encantam.Amei!

Sem ti
É sem estrada
A porta fechada
O rumo sem norte

Mil beijinhos c/saudades:)

Fica na Paz!

Anónimo disse...

Quero uma serenata em surdina
E a tua voz no meu ouvido
Quero lembrar o teu olhar de paixão
E a tua silhueta na contraluz da lua
Quero pertencer a esse teu mundo
Onde o Céu e a Terra se tocam
Quero... -te a Ti

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