quinta-feira, outubro 23, 2008

paralelismos, de vida e morte




Nas horas lúcidas da morte
A vida ganha tons de existência
O suspiro término transcende-se
Moribundo, na incapaz ausência

Porque lhe foge já o tempo
Porque o tempo só agora foi assim sentido
Como tempo, como vida

E tarde, como sempre foi
Escusa-se por entre os dedos a arrogância
Sempre tão perto, sempre tão longe
Mas para sempre… Anuência…

Sim. Porque assim tem de ser
A morte depois da vida
Vida que foi morte
Desdita
A perder
Na sorte…

Cadáver já
Já cadáver de sempre
Porque a lucidez não esconde
Porque o tempo não mente…

O perdão que se pede
De tudo e de nada
As unhas que se cravam
Na carne, na alma

A lágrima que corre
A ultima de um adeus
O grito de raiva
Ou um; - Salva-me Deus!!!

Mas isso que importa?
Que importa querer
O tempo, a vida…
Que não se ousou viver?

Fecham-se os olhos
Pára-se o tempo
Enterra-se o corpo
Na terra ou no vento

Ficam os que choram
A nossa partida
A chorarem a morte
Esquencendo a vida…


jorge@ntunes

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh!Meu querido,que posso te dizer?Gostei,mas...muito triste.Bem que poderia ser diferente.Não se deve viver a pensar na morte,pois é uma coisa natural,quem é vivo é mortal.
A vida é bela,devemos aceitá-la como ela é,sempre vendo com bons olhos o lado bom.Viva...Viva feliz!

Beijinhos iluminados:)

Fica na Paz!

ADORO-TE

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