sexta-feira, fevereiro 15, 2008

poema da voz da lua





Imagem pálida do beijo da lua
Acena-me ao longe a vontade crua
De quem não sente, mas quer

Depois da pedra fria
De tudo ser pedra em sintonia
Não viver estátua. Morrer mulher

Acena-me sonhos
Acena-me medos
Acena-me lágrimas
Olhos de pedra serenos

Calmos, de uma revolta maior
Do peso frio, fragmentado do tempo
Presa à terra, presa aos céus
Imagem do desalento

A pedir-me o beijo
A pedir-me a alma
A pedir-me a pressa
A pedir-me a calma

Acena-me
Do alto da sua dor
Acena-me uma espécie de brisa
Com laivos de amor

A pedra que sonha
Que sonha e me acena
Sob a luz da lua
A voz de um poema

jorge@ntunes

2 comentários:

Paula Raposo disse...

Extremamente belo o teu poema!! Beijos.

Anónimo disse...

Magnífico!Intenso!Deixa-me,como sempre, emocionada...a flutuar na doce magia das tuas palavras.AMEI!

Belissíma imagem!

Beijos ...ADORO-TE

Ficas bem!

:(

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