terça-feira, janeiro 15, 2008

profundo sufoco




O que sei
É tão ínfimo
Que dói de saber
Dói uma dor
Além do sofrer

O meu mundo é tão diminuto
Tão quatro-paredes exíguas
Tão profundo sufoco

Que tudo o que sinto ao minuto
É sanidade de um louco

Para lá do que me resta humano e físico
Fica-me, solto e imenso o pensar
A rebentar-me pelas costuras
A inundar o meu olhar

O que sei
Queima-me a alma
Neste corpo derretido
Disforme
Do meu sentido

jorge@ntunes

2 comentários:

Anónimo disse...

"Profundo sufoco",estas palavras já me deixaram transtornadas...as lágrimas percorrem minha face,acho que compreendi,acho que sim.Mas fica dentro do meu coração uma interrogação???
Gosto de ser franca e passar o que estou sentindo, por esta razão estou saindo...SUFOCADA!

Ficas na Paz!

Beijinhos :(

Anónimo disse...

O ser humano é um ser estranho, mas na sua plenitude muito complexo e interessante. Jamais habita em si próprio sozinho, contudo muitas vezes serve-se da gente que o rodeia como pura camuflagem, sendo tão cruel na sua individualidade.
Não te lamentes pelas quatro paredes, arranca-as de ti, rasga-as do teu mundo... e solta-te... vem buscar o que realmente ambicionas ou sonhas...

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