quarta-feira, dezembro 26, 2007

preso





Deito-me a teu lado
Carente, calado
Em forma de gente

Apenas meu corpo
Estremece, é louco
Deveras se sente

Espalhado na cama
Coberto de lama
De frio e de dor

Ferido de morte
Perdido de sorte
Chorando de amor

Deito-me a teu lado
Rendido, marcado
Desta solidão

Firmo o meu olhar
No vazio do mar
E estendo-te a mão

Mas tu já não estás
Não foste capaz
De ficar uma vida

Partiste no vento
Do meu desalento
Pra sempre perdida

Deito-me a teu lado
Só. Inacabado
Cegando sem luz

Preso no Fado
Preso ao Passado
Findo na cruz

jorge@ntunes

1 comentário:

Paula Raposo disse...

Tristes as palavras, mas tão reais...Feliz Ano Novo é o que eu te desejo. Muitos beijos.

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