domingo, setembro 30, 2007

vórtice



Pudera eu rasgar-vos
Como folhas escritas, palavras vãs que sois
Pudera não poder mais
Ler da vossa alma a prosa fria, cruel
Inerte em erros fatais

Não tenho mais poemas
Não tenho mais sonhos que não os mesmos
Que a poesia possa chamar
O que tenho não tem nome, não tem forma
Nem nunca se deixa rimar

Pudera estar ausente
Estando
Ficando apenas sem sentir
Pudera estar presente
Não estando
Ficando apenas entre o sonho e o advir

Pudera o mundo existir sem o seu ser abstruso
A sua dimensão de tormento
Pudera eu existir apenas
Rasgo do meu pensamento

jorge@ntunes

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá querido!Você merece aplausos! Confesso que cada dia estou mais e mais fascinada pelo teu belíssimo trabalho.Como pode escrever tão bem... com tanto empenho e dedicação? Tuas palavras são sentidas e sinceras.Excelente! Bela imagem! Adorei!!!

Ps: "Queria saber qual a razão de outras pessoas passarem aqui e não comentarem...será ciume? Espero que não...pois jamais vou deixar de te visitar e expressar meus sentimentos por ti.Se isso magoa a quem quer que seja, peço desculpas... me perdoem"

Beijinhos carinhosos!

Fica na Paz :)

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