quarta-feira, junho 28, 2006

poemaECOlógico



Na paisagem trémula, receosa
Passeio-me quase descrente
Nos céus voam aves ao acaso
Nada segue na corrente

A paisagem porque me teme
Eu porque a não entendo
As aves essas de tão além
Apenas poisam no vento

Na paisagem um mar retrai-se
Apenas lhe toco a espuma
A terra foge-me dos pés desolada
O sol, esfuma-se na bruma

O mundo gira na perdição
De uma imensa desilusão
Num acabado desacerto

Sobro-lhe, na sua perfeição
Sou-lhes espinho cravado no coração
Desalento, desalento, desalento...

jorge@ntunes

2 comentários:

☆Fanny☆ disse...

As aves poisam no vento...e a tua alma esvoaça pelos corredores do infinito levando o desalento para além do teu horizonte...

As brumas do teu pensamento serão somente reminiscências da tua história...

Abraço-te com carinho*

Fanny

Anónimo disse...

Olá, apesar da melancolia, do desalento,consegues nos brindar com um excelente poema.Parabens!!!Isso mesmo querido,reveste-te de força, coragem e parte para a luta sem medo.Muitos te desconhecem,no entanto, Deus sabe quem és e EU tb.

Adoro-te infinitamente:)

Geminiana

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