quinta-feira, maio 18, 2006

pés de barro



Assente no meu desassossego
Permaneço
Imóvel, em desconcerto
Nas lacunas do vício
Ostento a dignidade
Ócio de um tempo
A que chamo saudade

São todos ilustres os olhares
Que em silêncio me devoram
Na ânsia de me anularem
Subtis, tácticos
Que matam
Sem tocarem

Sou caminho errado
Condenável
Digno de pena e dó
Melhor que fosse pó
Não este abominável

Estranhamente estranho

Desligo-me
Sintonizo as estrelas
Os violinos do universo
Abraço a lua
Nua
Num bailado perpétuo

Os meu pés assentes no vazio
Descalços, frágeis, indomáveis
Correm ecoando caminhos
Intermináveis

Arrefece-me a alma se me volto
Se vejo os ilustres olhares do mal
Ou sigo os meus sonhos, ou fico
Eternamente mármore de sal

Há nas coisas que sei não saber
Um saber, que mais não sei
Mas que sei que vou perder
Mas não!!! Aqui, não ficarei!!!

Permaneço sim...
Na firmeza da inquietude
Na linha de qualquer latitude
Que me apeteça

Sou o que fui, o que sou, o que serei
Mas nunca me negarei
Do que seja ou aconteça

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Ah!Não concordo contigo quando dizes que é um caminho errado, condenável e abominável.Conheço-te e sei que és um ser FANTÁSTICO e SENSACIONAL.Só precisa acreditar na tua capacidade e no teu talento.Não se deixe abater pelos momentos tristes e sombrios da vida...Você é Você e ponto final.


Paz para este coraçãozinho inquieto

Aquele abraço.:)

Anónimo disse...

És o meu irmão...e não tenho de dizer mais nada.

Para mim não tens defeitos só virtudes.


Beijos no teu coração inquieto.

Anónimo disse...

Ora cá estou eu de novo para te ler!
Já o fiz e gostei da viagem guiada ao centro do teu ser.
És quem és... nunca deixes de o ser!

Um beijinho meu

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