domingo, maio 14, 2006
heróis descartáveis
Estou desalinhado
Desencaixado
Permanentemente
Desconcertado
Ando à deriva
Numa vela esquecida
Puxada ao vento da vida
Esteja ou não esteja
Nunca lá estou
De transparente e gasto
O tempo me pintou
Nem miragem, ténue imagem
O destino me ousou
Sou produto acabado e enterrado da evolução
Oco deste vazio que hoje é moda
que se pega, que se cola
Um tempo de heróis descartáveis
Maquilhados. Escondendo assim a ausência de ideais
... tão moldáveis...
Fui desclassificado
Anulado
Consumido plo consumis-mo
Moribundo, sem alma, sem fundo
Fui linchado
Restam-me as memórias
De um lugar magico de contos de fadas
Um mundo humano
Entre aspas
Mundo que um dia será livro de fábulas
Tantos sonhos,
Tantas certezas, inacabadas
Resta-me a virtude
Na inquietude de uma palavra
Quase irradiada, que mal irradia
Palavra que ainda me sobra
... nostalgia...
jorge@ntunes
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3 comentários:
Realmente...
É mesmo muito difícil dizer seja o que for no fim dos teus poemas, este então... é lindo!
Um beijinho meu
Lindoooo!!!
Beijosss :)
Não vivas das memórias..vive do presente e sê feliz.
Beijos
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