segunda-feira, abril 10, 2006

depois...



Depois de um qualquer poema
Depois das rimas de um tema
Após um ponto final

Por entre as vírgulas, um compasso morto
Um olhar, um espanto louco
Faz-se palavra, o irreal

Depois da alma feita lagrima incolor
O desejo em tons de um beijo, o teu sabor
Inerte movimento

Inerte no gesto
Expedito no tempo

Revelo-me, demarco-me
Entrego-me... não me rendo

Tatuo no meu corpo
A nudez das tuas formas
Mesmo não as sabendo

Sei-as... sim... de cor, dos meus sonhos
Das palavras, das noites infindáveis
Dos tantos nomes que te dei
Das esculturas que moldei, intermináveis

Depois de qualquer poema
Depois do vazio sem lugar
Encho-me da tua existência
E cansado, adormeço, na paz... de te amar

jorge@ntunes

4 comentários:

Anónimo disse...

Fico tão feliz por ti meu lindo...
A felicidade que sinto não é por ler estas palavras maravilhosas mas sim porque sei que as estás a viver e te estás a sentir ÓPTIMO!

Deixo-te um beijão!

Ana P. disse...

Bom, cada vez melhor.
O amor faz-te bem, ela faz-te bem, vocês fazem-se bem....



Beijos

Maria Carvalho disse...

Não preciso de repetir constantemente que gosto imenso do que escreves...esta fotografia com todo o azul que dela transborda, está linda. Beijos para ti. Tudo de bom.

Anónimo disse...

Os teus poemas ganharam côr...
Ganharam luz...
Ganharam vida!!
Um beijo meu

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