segunda-feira, fevereiro 06, 2006

encruzilhada



As ruas desertas
chamam por mim
às noites incertas
não lhes encontro fim

e vou pela estrada
ouvindo o passado
perder-se no eco
de um horizonte errado

levanta-se em pó
uma miragem da lua
que o vento dispersa
plo meio da rua

e fica o silêncio
uma distante memória
e tudo o que resta
é o que fica na historia

memória escrita
ou apenas contada
e um dia talvez
apenas... nada

sem ti noite após noite
dia após dia
inacabado
olhando a cama vazia

sem ti
sem mim
sem nós

abraçando o vazio
ouvindo a própria voz

negar o fim
negar a verdade
já não és minha
és minha saudade

as ruas chamam por mim
desertas de ti
e eu tenho de partir

não sei que procurar
nem tenho respostas

sei que te pude amar...
...sei que te fiz sorrir...

vou agora pla estrada
nos meus sonhos inacabada
vejo a minha sombra já perto do horizonte
enquanto me perco ainda nesta encruzilhada

jorge@ntunes

4 comentários:

Anónimo disse...

É isso, meu querido,quando se ama de verdade e tudo acaba, fica um vazio e muita saudade.Não se pode é viver abraçando o passado.Viva, viva feliz.Se eu puder te ajudar podes me chamar,a porta está aberta pra ti.Sempre, sempre.
Gostei muito do poema,quanto a música , gostei muitíssimo da anterior. Beijinhos....Adoro-te...
Geminiana

Maria Carvalho disse...

Enquanto existirem encruzilhadas...quando não existem é o fim. Beijos.

Anónimo disse...

Sempre lamentando a ausência do amor...
Um beijo

Anónimo disse...

Bom dia meu lindo! Saiu tb pra fazer pausa? Não demora tá?pois, sinto ficar muito tempo sem te ler.
Tenhas um feliz dia e lembre-se que te espero ansiosa. Amo vc.

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