domingo, março 06, 2011


Temo que saibas que sou
Vento
Um suspiro do tempo
Que tarda findar
E que de temeres a vida
A julgues esquecida
No fundo do mar

O mar das ideias, que traço
No rosto
Da lágrima surda
De ter o teu gosto
A sal e a fel
Do vago momento
Em que temeste o feito cruel
De todo eu ser vento

Temo partir
Sem ver, sem sentir
O que sinto por ti

Saber, que sem querer
Me deixo morrer
De onde parti

Só para chegar
Como este poema
Ditado da pena
Que rascunha o mar

POETIK

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