quinta-feira, setembro 16, 2010





Contra a corrente
Há um novo mar de gente
Que se insurge
Desses passados remotos
Entre os escombros dos mortos
A vida surge

Entre Tigre e Eufrates
Entre uma dessas tardes
Tão amenas quanto a fantasia
Há um rio de saudade permanente
Louca vertigem de ser gente
Gente de ser outro dia

Erguendo aos céus a vontade
Outro nome prá verdade
Outro sentido pró universo
Uma única e só voz
Sem contras nem prós
Uma só língua e um só verso

Um só caminho
Algo serio, com destino
E que passe do papel
Que se erga imponente desse chão
De todas as pedras da castração
Nova torre de Babel

Eu sou do mundo
Desse mundo que não tem lei
Desse fogo que apaguei
Com as minhas lágrimas

Sou quase tudo
Quase nada, quase chuva
Quase paz e quase luta
Nas horas cálidas

Sou lenda do meu passado
Do presente, um mau bocado
Do futuro já sou rei

Quase sonho idolatrado
Quase vencido no fado
Da vida que nada sei

Eu sou do mundo
Desse mundo que não me dá
A certeza de ser já
O meu caminho…


POETIK

2 comentários:

menina fê disse...

acende esse fogo de novo!

rsrs

adorei tua rima.
bjs meus

Lou Albergaria disse...

A Dúvida alimento do Destino.

Beijo!

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