quarta-feira, setembro 15, 2010



Bolero de Ravel
Na viola de Sungha Jung


…e como do nada chegaste, partiste
Ao toque de um febril Bolero de Ravel
Como sonho que do nada consentiste
Nestas palavras perdidas, nesta folha de papel

Neste poema de um longínquo outrora
Nestes versos de um inacabado amanhã
Nesta ideia que é somente de agora
Certeza, de uma qualquer hora, triste e vã

Perfuma os céus a imprudente melodia
De notas incolores que nem em sonhos sabia
Serem canto da tua desvanecida e doce imagem

E da noite, de todas as noites do meu dia
Poisei minhas asas onde o voo não cabia
Senão em uma lágrima do meu gesto de coragem…


POETIK

1 comentário:

Lou Albergaria disse...

Também vivo poisada em lágrimas...

Tem algum bote salva-vidas?

Beijo!

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