JACQUES BREL é para mim uma referência incontornável no meu universo musical. Numa modesta homenagem a este Belga genial que como ninguém sabia transmitir a dor e o amor, cantando.

Escrevi pois este poema, moldado a esta musica magnifica, cujo poema original dá pelo nome de, “NE ME QUITTE PAS”



Não digas adeus
Eu quero ficar
Quero poder recordar
Sonhos teus e meus
Olha bem pra mim
No fundo da alma
Vê que a minha estrada
Te tem lá no fim
Como este poema
Escrito no vento
Sem chegar a tempo
De te dizer, tenta
Não digas adeus (x4)
Eu não vou partir
Das tuas memórias
Que já deixas ir
Por esses lugares
Vagos e perdidos
Tão longe da vida
Louca e à deriva
Ouve a minha voz
O meu quinto império
A minha nau que parte
A minha nau que parte
Ao encontro de ti
Não digas adeus (x4)
Não digas adeus
Eu nunca parti
Sem te ver chegar
Desse nevoeiro
Onde descobri
Teu olhar, primeiro
Que sorrisos mais
Posso lá eu querer
Sorrisos banais
Se lá te perder
E se existe deus
Ele que me condene
Não digas adeus (x4)
O vento não mente
Ele traz consigo
Lágrimas por ti
Desse meu castigo
Que só o mar vê
Dentro do meu peito
Prostrado no leito
Dessa tua ausência
Que o meu sonho lê
Reflexo que espelha vida
Que ainda se crê
Nos braços teus
Não digas adeus (x4)
Não digas adeus
Nunca, sem me dizeres
Não sem me quereres
Peço-te por deus
Deixa este poema
Marcar o destino
Que é só um dilema
É só um caminho
Deixa-me morrer
Nesta fome mais
Ombro no teu ombro
Ruína no teu sonho
Não digas adeus (x4)

POETIK