sábado, setembro 18, 2010





Apago-me aqui…
No pó dessa estrada
Desse caminho de perdição
Nesse destino sem alma

Meu verso perfeito
É uma ligeira intuição
De algo sem forma
A forma da ilusão

Apago-me aqui…
Meu corpo arde
Da febre, que tarde
Se acendeu em mim…

Meu olhar derradeiro
A poisar num inferno de Dante
Ante o riso dos deuses
E a extrema lágrima do amante

Apago-me aqui…
Vejo-me morrer
Por entre as cinzas
De nova Fénix a renascer…

No pó da estrada sou novo nada
Memória de novos dias
Um sonho mais esperando apenas
Ser novas cinzas…


POETIK

1 comentário:

Lou Albergaria disse...

E das cinzas renascer sempre...

Beijo!

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