segunda-feira, agosto 23, 2010





O tempo que me sobra
É talvez a hora da saudade
Aquele último suspiro
De verdade

Estremeço perante a dúvida
Razoável ou não
De que a morte
Me consuma a ilusão

Perante o fim inolvidável
Perante o cair do pano
As palmas consagradoras
De todo o desengano

O tempo que me sobra
É talvez uma hora já ida
Aquele último suspiro
Que afinal nunca foi vida


POETIK

2 comentários:

Aмbзr Ѽ disse...

o poema está maravilhoso, e seu desfecho, belíssimo.


http://terza-rima.blogspot.com/

Susete Evaristo disse...

Gosto sobre todos os outros porque me diz qualquer coisa.
Lindissimo
Um abraço
Susete

Related Posts with Thumbnails