terça-feira, agosto 17, 2010






Não sou deste mundo
Não que seja de algum outro
Não me revejo em nada
Que não num louco

Um louco que não vê o mundo
Nem plano, nem redondo

Que não asfixia
Na maratona do dia
Nem sonha a morte


Que não vive da sorte
Nem da labuta
Que não aponta o dedo
Nem luta

Que saboreia sem saber
O sabor do fel
Que não vota nem devota
A lei cruel

Aquele que do tanto
Apenas consagra o pouco
Aquele que livre, se descarta
Deste mundo louco

POETIK

1 comentário:

Lou Albergaria disse...

"Aquele que do tanto
Apenas consagra o pouco"

Demais!

Seus versos me ganharam. Te seguindo e levando teu banner.

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