
Temo os lugares vazios
Que amo
Como quem teme a própria vida
E cansado da noite, nem sonhe o dia
Nem tão pouco arrisque o desengano
Temo as palavras
Que dito
Na folha de papel imaculada
Ou nesse nada
Que é meu grito
Temo que temer me enlouqueça
A calma
E o corpo se revele efémero
E arda no céu ou no inferno
Da minha alma
Temo até o que não temo
Temer
Como ultima graça
Nesta hora gasta
A escrever
Um tremor
Que anseia amor
Mas não deseja
O que teme
Quando ao leme
Naufraga em dor
jorge@ntunes
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