sábado, abril 25, 2009

teorema




Se fosse sempre um dia assim
Um dia de não mais voltar
O que seria de mim, não sabendo nunca o fim
Perdido de te encontrar

Como serias, sendo tu só
Sem meus passos no teu caminho
Se eu fosse apenas por dó, todo vento, todo pó
Apenas nada, sem destino

Se eu não fosse este poema
Nem os sonhos que o sonho tem
Seria a noite mais serena, o dia um teorema
E tu, o sorriso de outro alguém

Se fosse sempre um dia assim
Um dia de nunca saber
Cada lágrima que corre em mim, não sabendo nunca o fim
Desse mar que é teu corpo, de existir, quando eu morrer…

jorge@ntunes

1 comentário:

@lexis disse...

O mar que existe apenas o é
Por existir o néctar que o alimenta
Quando essa fonte secar
O rio deixa de correr
O mar cessa de existir...

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