quinta-feira, abril 16, 2009
chama
Que chama
Arde assim no corpo
Como se ardesse sem fim
No limbo dos meus sentidos
A dar-me sinais de mim
Que chama
Me gela o sangue virgem
Como o profundo universo
Negro, imenso da vertigem
Que chama
Dos enamorados dias
Da incessante Primavera
Me mima de beijos e flores
Me cobre lágrimas e hera
Que chama
Se acende aqui
Neste raro ar que respiro
Que vento tarda em soprar
As cinzas em que me extingo
Que chama
Trémula e morna
Assim me assombra
Incapaz de ser a luz
Que apague a minha sombra
Que chama
De inferno este
Que chama de amor, altiva
Me arde por dentro, e cá fora
Se apaga de não ser vida…
jorge@ntunes
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