terça-feira, janeiro 20, 2009

abismos




As ruas não me sossegam a solidão
As noites não me adormecem os sentidos
Os meus passos são os passos de quem passa
Por todos os lugares esquecidos

Apenas as sombras me seguem
Apenas elas me seguram
Os passos incertos da noite
Que em mim perduram

Reparto com elas as lágrimas
Os risos doentes, nervosos
E sinto-as frias na minha pele
Na minha carne, nos meus ossos

Sinto-as até à alma
Mais negras que a própria cegueira
As ruas não me sossegam… As noites não me adormecem…
A alucinação derradeira…

jorge@ntunes

2 comentários:

Anónimo disse...

"(...) Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada
onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim
(...)
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
E o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
Sei que não sei,
Às vezes entender o teu olhar
Mas quero-te bem,
Encosta-te a mim."

Fiquei sem palavras hoje a ler o que escreveste e usei as do Jorge Palma, e a única coisa que me apetecia agora era estar aí para te aquecer a pele e sossegar esse espírito inquieto. Amo-te muito!

Anónimo disse...

Versos tristes,porém bem escrito.
AMO tudo que escreves,mesmo triste.
A foto está belíssima.PARABÉNS!

Beijos ternos:)

Fica na Paz!

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