quarta-feira, julho 16, 2008

tu (II)




Nenhum destino me segue
o que me persegue
é a ausência
de mim

nenhum mundo me parece leve
tudo me soa a breve
melodia, cuja voz
me chega
nota de um fim

O nada parece-me imenso
apenas porque ás vezes penso
que sou apenas, eu
sozinho

e o universo
cantado no verso
que me cantam
está alem
como desdem
que não me diz se sou
ou apenas sinto

Nenhum momento me leva
a outro sentido que não sinta de espera
como se esperar
fosse morrer no teu olhar
a vida que aparentemente sou

E se eu morrer?
Vou-te perder?

Se já te perdi
antes mesmo de nascer?

Nenhum destino me segue...

Eu sigo
no limite
na ausência
no fim

...Que me persegue...

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonito,bem escrito,porém,muito triste.Porque?
Estou farta de saber que o poeta é um fingidor,mas vc nem mesmo como poeta sabe fingir.Eu te conheço,és muito sincero e por esta razão é que eu fico com lágrimas nos olhos.Não ficas assim,alegria,alegria.És um ser humano lindo!!!Não estas sozinho,és amado e muito querido.AVANTE!

Beijinhos doces:)

Fica na Paz!

Anónimo disse...

Com este poema chorei...

Beijinhos

Anónimo disse...

"(...)Quando te vi amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fôsse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro (...)
in "A falência do prazer e do Amor" - Fernando Pessoa

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