quarta-feira, setembro 19, 2007

rotas


É inquieto o meu pensamento
E da calma que lhe exijo nego
Cada tempestade na rota do vento
Que é a minha alma, o meu ego

Surjo por vezes abstracto, do nada
Para sumir depois, disperso na neblina
Sou tantas vezes o que parado, caminha
O que indo, fica eco, voz imensa em surdina

Inquieta-me a plenitude consumada
Inquieta-me este Todo-Nada
Esta Não-Vertigem do abismo

Acho-me na ilusão enlutada
Velando a morte mais elevada
De todas as coisas que cismo

Inquieta-me perder-me só
Ser hoje vida, amanhã pó
E não ter quem me soprar

Os restos frios do momento
Que um dia foi pensamento
Que quero ver tocar o mar

jorge@ntunes

2 comentários:

Anónimo disse...

Ai tu! (porque acho o máximo quando você diz isso!)
Amei esse poema, lindo demais!
E esse eu entendi \o/
Adorei te conhecer, sério ;)

beijo!

Anónimo disse...

Anjo amado,é muito gratificante passar aqui e te ler.As tuas palavras e sentimentos alcança de forma incontestável a minha alma.Você não está só,eu estarei sempre,sempre ao teu lado custe o que custar :)

Doces beijinhos em teu coração!

AMO-TE

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