terça-feira, março 28, 2006

os meus dias...



Os meus dias, são infinitos desacertos de qualquer hora
São avanços e recuos, atrasos e adiantamentos, sem gloria
Os meus dias são a imagem pérfida do EU sem mim
São os dias e as noites sem luz ou escuridão, sem principio, sem fim

Para lá do tempo que me fica, fica o tempo que de mim se perdeu
Passado que já não sou, memória que não ficou, esvaneceu
Metafísica... física até ao tutano da incompreensão
A doce e magna imperfeição da terna ilusão

Antes de mim era o vazio de me saber
Depois de mim a incomensurabilidade de me ter
Vago sou neste espaço de tempo indefinido
Antes achado de não me ter, do que me sabendo, perdido

Não pensem em mim vivo, como algo existencial
Apenas existo, ser, sentimental
Sou a irracionalidade da vossa permanência
Nesta vossa, não minha existência

Deixem-me os moinhos de vento
Que em vós é desalento
Ou até inexistência

Eu prefiro não ser nada
Inimistar a vossa alma inanimada
Ser, sem ser... permanência

jorge@ntunes

3 comentários:

Ana P. disse...

Os meus dias são feito de sentimentos, de vontades, de quereres. Os meus dias são alento, são perdição, são tristezas, são alegrias.
Os meus dias sou apenas eu caminhando sobre mim....

E sigo, sigo enfrentando os meus dias.

Beijinhos

Anónimo disse...

Parabéns!!!Desejo que os seus dias sejam sempre de avanços e jamais de recuos.Meus votos de felicidades.

Não existe o esquecimento total:
As pegadas impressas na alma são indestrutíveis.É p/ refletir.

Beijos.

Geminiana

moon between golden stars disse...

E que dias mágicos que sao os teus... cheios de pormenor!!!
Um abraço

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