sábado, outubro 22, 2005

só...



Dizem-me que não sei quem sou
que ando perdido de mim
como se eu fosse à partida um destino
marcado com principio e fim

como se eu fosse loucura
cujos moinhos de vento
me moldassem o pensamento
na ilusão da procura

dizem-me que não sei quem sou
que sou apenas imenso
de um desejo de cegar
ao acreditar no que penso

como se eu fosse apenas
retrato de uma vida
que um dia lá foi esquecida
na magoa das minhas penas

e nesta batalha perdida
contra um mundo descrente
sois vós, mais moinhos de vento
que o meu coração pressente

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Considera a hipotese de também tu fazeres parte desses moinhos de vento... Talvez também o seja... mas apelo a introspecção e fico aqui... aqui so... a olhar para dentro de mim... BJ

Cristina disse...

Espero que essa solidão passe rápido
:)
o poema é muito lindo além de triste
:)

Anónimo disse...

Tu sabes que nunca estarás só, tens pessoas que gostam de ti e que te admiram pela pessoa que és.

Tu estás e estarás sempre dentro do meu coração.

1 beijo do tamanho do mundo

Paula Antunes

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