quarta-feira, outubro 19, 2005

em águas que perdi



Afasta-te de mim
Por entre montes e vales
Antes que encalhes
Em aguas que perdi

Das vezes que limpaste
As lágrimas que te dei
Em tantas inundaste
Outrora me magoei

Por onde andas pobre alma
Fugiste para longe
Do horizonte
Que tinhas em mim

Queimaram-te o brilho
Afogaram-te as lágrimas
Beberam-te a sede
De tudo o que era sombrio

(...)

Em águas que te perdi
Mais alto me levantei
Longinquamente encontrei
Um trilho a dar a ti

Hoje é um renascer
Uma ilha na imensidão
Nesse mar que sem razão
Um dia nos quis esquecer

Gnose&jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Que mais vezes as nossas mãos se cruzem para traçar contornos dos nossos caminhos...

Anónimo disse...

Mais um belo poema...eu diria que és um escultor de palavras :) Beijinhos

Que Bem Cheira A Maresia disse...

Olha um poema a duas mãos..., que lindo.

Parabéns aos dois.

Beijos

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