De viver nos caixilhos da vida
Emurcheceram os sonhos na tela
Desprezei todas as primaveras
Todas as fragrâncias qu’elas
Me acenaram à janela
E d’ela eu vi ao passar
Bem de fronte desse mar
Todos os rubores do destino
E hoje, hoje eu sinto a chorar
O mais negro do meu olhar
Neste caixilho sem brilho
De viver nesse fado sem memória
Disperso num só pensamento
Troquei a vida pla morte
E lancei-me à sua sorte
Como quem arfa asas ao vento
poetik
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