Não digas nada
Que lá fora as sombras sabem
Que a noite diz a verdade
E a lua ilumina a saudade
Que se desenha na estrada
Não digas nada
O silêncio é como um manto
Que me protege da razão
Me dá laivos de ilusão
E no fim me salva,
Da tentação de sentir o rigor
De que aos poetas não cabe o amor
Não cabe a sanidade
Não digas nada
Bebe mais um copo
Que mais logo
A sede será a da eternidade
Não digas nada
Repousa o teu corpo
Sobre esta cama vazia
Espera que nasça o dia
Que nos rasga,
Os sonhos e a carne
Com todos os espinhos que nos cabe
Colher da rosa
Não digas nada
Bebe um pouco mais de mim
Que breve o fim
Me chama, lá fora…
POETIK
1 comentário:
Adorei!Divino o que escreves.
Amo-te ler...
Beijinhos carinhosos:)
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