domingo, setembro 12, 2010
Eu sei da frustração
Da ilusão
Do mau bocado
Eu sei da tristeza
E da beleza
Que passa ao lado
Eu sei dos bêbados
Fingindo a vida
Eu sei da hora
Sempre perdida
Sei das mulheres da rua
Dos poetas da lua
Das virgens pecadoras
Sei da mãe que atura
Sei da amargura
Sei da febre das hormonas
Sei do ladrão das esquinas
Do pregão das varinas
Sei da febre do carente
Sei dos moços que se vendem
Nas avenidas
Das amantes consentidas
Sei dos bichos que viram gente
Sei dos cobardes
Sei dos famintos
Sei das saudades
E dos labirintos
Sei dos que morrem sem nome
Dos que no pó matam a fome
Sei dos que vivem do fado
Sei dos dementes
Dos encarcerados nas suas mentes
Sei do pecado!!!
Mas não sei do reles
Do fingido
Não sei do elaborado
Engravatado
Que sai matando, rindo
Não sei do correcto
Nem do dejecto camuflado
De menino rico
Sem berço suado
Não sei do político corrupto
Nem da cunha ao chefe
Não sei do servo que lambe
Toda a bota que fede
Não sei do hipócrita
Do que come e arrota
E ainda chora
Eu sei de mim por desdém!
Dos outros, não sei, não sabe ninguém!...
POETIK
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5 comentários:
Não há comentários possíveis, simplesmente "DIVINAL".
Que espetáculo!
APLAUSOS...
Coisa boa foi você ter encontrado o Vórtice, pois assim, eu segui teus passos até aqui.
Seja bem vindo!
Beijos
um olhar sobre tudo que guardamos. sobre a vida que passa por nós.
http://terza-rima.blogspot.com/
Isso é que eu chamo de poesia-porrada!!!
Senti um direto no fígado!!!
Valeu! Bom pra acordar nesse domingo tão despretensioso...
Beijo, Meu poeta!!!
To em delirios.
bjs
Insana
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