sexta-feira, agosto 20, 2010





Cubro-me de latos devaneios
Por latos dias descabidos
E por latas horas me prendo
Aos latos meandros dos sentidos


Nunca a minha hora badalou
Senão na alma
Nunca a tempestade amainou
Na minha calma

Tantos olhos em mim
Me cegam!
Tantos corpos vis
Me sonegam!

Tão latas as ombreiras do sonho
Tão estreitas as visões dos reles
Realidade diz-me:
Porque me repeles?

Porque não me assentas
Como luva de pele
Ou carícia de mulher?

Tão lata és, realidade
Tão banal
Tão… sem sal…

Tão lata… tão nada…


POETIK

3 comentários:

Cátia Vilhena disse...

ahah. sim, claro.

Lou Albergaria disse...

Nossa! Chapei com sua dissecação do Mundo... qual mundo? O seu, o nosso...

Bom fim de semana!

Beijo!

Depois me visita. Gostaria de ler sua opinião sobre meus escritos.

http://lobaderayban.blogspot.com/

Aмbзr Ѽ disse...

fantástico.

http://terza-rima.blogspot.com/

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