segunda-feira, janeiro 26, 2009

tempo




O tempo… É um túmulo
Um lugar sem tempo
Uma eternidade desmedida

Uma vida encerrada em nós
Imaginando tantas vidas
Ceifando a vida

Tantas vezes acordo
Tantas vezes me deito
Sobre o tempo, sobre a vida
Sobre o túmulo do meu leito

E durmo sonos eternos
De uma aparente existência
E quando acordo, são ternos
Meus laivos de consciência

Sei que ainda dormito
Apenas ao sono pertenço
E esse acordar que sinto
É tempo aonde aconteço

Fugaz, e inacabado
Pesaroso, e enlutado
Mesquinho de ser só gente

O tempo… É o meu túmulo
Eu faço apenas numero
Enquanto o tempo me sente

E quando deixar de me sentir
Quando eu tiver de partir
No seu dorso galopante

Que tempo terei vivido?
Se andei sempre nele perdido
Eternamente relutante…

jorge@ntunes

1 comentário:

Anónimo disse...

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Fernando Pessoa

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