domingo, agosto 17, 2008

lá fora




Reparo que lá fora
Anoiteceu
Capto a luz negra
Que diz ser, EU…

Lá fora
Levanta-se um manto de céu
De um negro pungente
Coberto de estrelas
Deserto de gente

Eu, lá fora!!!
Assim diz a negra luz
Eu, que nem estrela anseio
E ser gente
Não me seduz

Reparo
Que por reparar
Padeço
De reparo
E lanço aos céus o medo
Deste que esqueço
Por ficar

Lá fora corre um vento desconhecido
Um vento, ao vento, parecido
Mas que não corre
Ao correr de mim

Este não é o vento
Vento do meu fim

Reparo que lá fora
Estou por dentro…
Inteiramente abstracto
À noite, ao vento…

E o que reparo lá fora
É este poema de agora
Que nada mais sinto dizer

Quando o meu vento voltar
Na noite negra que me abraçar
Calar-me-ei a escrever…

Porque lá fora reparo
Que anoiteceu

Capta-me a luz negra
Que não sou eu…

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Oh!Meu querido,muito triste,mas de uma profunda beleza.Estou, como sempre, encantada e emocionada, com as tuas doces palavras.O vento que corre lá fora,nada mais é do que minha saudade querendo abraçar-te,acredite...muito lindo.Parabéns!

Beijinhos ternos e carinhosos...
Que Jesus possa iluminar teus
caminhos sempre,sempre!
ADORO-TE:)

Anónimo disse...

Lá fora anoiteceu como aqui dentro
Uma luz negra ilumina parcamente
O que poucos conseguem ver em ti
Pergunto-me de que cor será a luz
Que brilha dentro do teu mundo

Anónimo disse...

ola
a muito que nao te vesito!!!
Epena pois cada vez escreves melhor.beijokas gordas,(para todos)e do gerinho,lololololol.

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