segunda-feira, dezembro 31, 2007

longe



Ao longe a ouvir o vento
A ver o tempo passar
A viver o contratempo
A sentir preso o olhar

O dia a perder a cor
No silêncio, na escuridão
Na boca o mesmo sabor
Os mesmos tons de ilusão

As horas a serem dias
Os dias anos vazios
Sempre vagos de outras vidas
Desertos de corpos frios

A porta que não se abre
Fechada dentro de si
Perdida que foi a chave
Esquecida que foi aqui

Neste lugar que adormece
Os sentidos, as sensações
Onde mais nada acontece
Onde tudo mais são tentações

E porque perdido o rumo
Não mais avistado o porto
Somos fruto que sem sumo
Esgotamo-nos num olhar louco

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao longe a ouvir o vento
A ver o tempo passar
A viver o contratempo
A sentir preso o olhar

Muito lindoooooo!

Longe dos olhos,mas pertinho do coração!Estava com saudades de te ler,mas cheguei agora de viagem, portanto, estou atrasada para minhas visitas!
Muitos beijinhos carinhosos!Querido, mais uma vez quero te desejar tudo de BOM para este Ano que se inícia!Muita Paz e muita Luz!
ADORO-TE :)

Anónimo disse...

que saudades de ler suas poesias!
adorei, como sempre.
beijos

Paula Raposo disse...

Não podemos perder a razão de sonhar...ou, como o sonho é irracional. Beijinhos.

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