segunda-feira, maio 29, 2006

relatividade



Na rua breve dos meus passos
Há gentes que passam inconstantes
Cruzam-se, tocam-se, misturam-se
Na mínima matéria dos amantes

Na química figura dos sonhos
Na consequente ideia da física
Cada molécula invisível, revela-se
No acto físico da mímica

Um universo desconhecido
Algures perdido no cosmos visível
A aparente união universal
Do que afinal é indivisível

Impulso genético
Descarga de alta voltagem
Instinto do imenso nada
Ou criação de um deus selvagem

Nada importa. Não agora
Que na rua breve dos meus passos
Sou eu também o tudo e o nada
Na lei da relatividade de quem ou do quê
que me jogou aos dados

jorge@ntunes

3 comentários:

Sendyourlove disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Maria Carvalho disse...

Visito-te, mas tenho comentado pouco. As palavras são sempre pequenas para poder expressar o quanto acho sempre bela a tua poesia. Tu sabes disso. Na última semana, também sabes, que a emoção tem tomado conta de mim, como eu nunca imaginei que pudesse acontecer. Desculpa este arrazoado todo. Beijinhos, Jorge.

Anónimo disse...

Oh! Mon Amour,concordo perfeitamente contigo...tudo é relativo.Gostei!!!palavras reais e sinceras...somos frutos de uma sociedade desumana e injusta...é por esta razão que estamos pagando um ALTO preço para sobrevivermos neste Universo conturbado.Mas temos que pensar positivo, pois ainda há uma luz no fim do túnel.
Desculpa se dei uma derrapada e sai fora do contexto.

Deixo-te um beijo grande e muita Paz...:)

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