quinta-feira, dezembro 22, 2005

tudo e nada




São vagas os calores que me assolam
são calores os olhares que me poisam
são olhares as farpas que me sangram
são farpas os ventos que me doiram

É morte a vida que me pedem
é vida a raiva que me agita
é raiva o grito que me agiganta
é grito o silêncio que me desdita

E o tudo ou nada que sou
é tudo o que me resta ser
tudo e nada! Por saber.

jorge@ntunes

2 comentários:

Maria Carvalho disse...

Bonito. Beijos. Bom Natal.

Anónimo disse...

Em todos os 3 de Setembro me lembro de todos os 22 de Dezembro que reviverei até ao fim dos meus dias. Fui ver o que dizia o teu coração neste dia num ano ao acaso e fiquei surpresa (ou talvez não) quando li "É morte a vida que me pedem". Amo-te muito, não me canso de to apregoar e é por dois motivos: por tudo e por nada!

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